sexta-feira, 17 de junho de 2016

Conjunto da Obra


A maioria dos brasileiros com menos de 50 anos de idade não sabe de quem falo a seguir. Nada a ver com o QI de ninguém, mas sim, pela antiguidade do personagem. Porém, os mais interessados na cultura nacional, mesmo os menores de 50, saberão.
Refiro-me a um famoso jornalista, escritor e compositor.
Adivinharam?
Sérgio Porto, apelido: Stanislaw Ponte Preta.

Nunca ouviram falar?
Culto, mordaz e bem humorado, entre suas várias obras criou uma frase sempre atual para nós brasileiros.
"FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA O PAÍS", também conhecido pela sigla "FEBEAPÁ".
Algum de vocês seria capaz de definir melhor, com um único termo mais expressivo do que este, o que vem acontecendo no Brasil de hoje? Não creio.
Mas como eu já disse, FEBEAPÁ sempre definiu exatamente o que é esta gigantesca, bonita por natureza, republiqueta de extansão continental.
Vou, no entanto, me deter em "pequenas" amostras do nosso FEBEAPÁ atual.
Fazem parte do atual festival as obras "É golpe! Não é golpe!"; "Fere! Não fere a Constituição"; a comédia "Cancela à noite o que criou pela manhã" de autoria do célebre escritor e  médico veterinário (mesmo) Waldir Maranhão, portanto, ninguém mais bem indicado para cuidar de um rebanho abandonado.
Há outros shows, "Foi crime de responsabilidade fiscal ou não foi? de autoria do cineasta nordestino Alfredo Hixicôco; "Um golpe de Mestre" com o ator Eduardo Cunha; O filme de mistério "Trust na Suiça, dinheiro ou nâo? com o mesmo ator e aqui diretor; A "Grande Dúvida" sobre um país que não sabia se tinha um presidente, uma presidenta ou uma presidanta. A "Praça de 3 poderes" com Renam Calheiros, Waldir Maranhão e Teorí Zavascki. Finalmente,, as peças: "A Delação do Justos" com o detentor do Oscar Sérgio Moro e o ator adjunto Rodrigo Jannot e "O Trio Atacante" dirigido por Tite com os craques Lindbergh Farias, Gleisi Hoffmann e Vanessa Graziotin.
Mas, agora eu talvez deixe meus leitores frustrados. Tenho pouco interesse pelo desfecho destas sérias besteiras que assolam o Brasil. Pouco me interessa se foi Lula, se foi Collor, se foi Fernando Henrique, Sarney, ou se foi D.João VI o gerador de tudo o que se vê  hoje nestes estertores de presidência de Dilma ou da interinidade de Temer.
Quero encerrar falando de crimes de verdade, sobre os quais não pairam dúvidas sobre suas gravidades, se ocorreram ou não, ou se estão relacionados com responsabilidade fiscal, ética e moral.
Quem matou a alegria dos brasileiros, quem deixou o crime organizado se organizar sob os nossos narizes, a morte violenta se tornar algo vulgar sob os nossos olhos, as pessoas não mais circularem pelas ruas ou avenidas sem sentir o medo da bandidagem; as poucas prisões existentes os países de primeiro mundo não mais afirmarem que.a capital do Brasill é Buenos Aires, mas saberem que Brasilia, a obra arquitetônica do internacionalmente famoso Oscar Niemayer, é hoje o mausoleu da corrupção, que o Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa é também maior reduto do trafico de drogas e violência; que os profissionais médicos brasileiros, sempre reconhecidos pela excelência na formação, tiveram que competir com profissionais importados do exterior; que os Embaixadores do Brasil, sempre tão cosiderados, passaram a ter papéis apagados devido ao Itamarity estar voltado à colaboração com dirigentes de países de tendência totalitária; do que fizeram com o futebol brasileiro  sempre considerado padrão intercional agora desaparecido nos últimos lugares das estatísticas de valor, cuja camisa ainda se vê cobrindo o peito de um garoto num longinquo país africano; que a rica língua portuguesa se esvai nos interjeições dos kakaka, nos prazeres dos fds, na eletricidade do tá ligado; o pré-sal que foi sem nunca ter sido.
A verdadeira justiça só se fará quando os crimes imputados aos nossos dirigentes forem julgados pelo hoje tão desprezado CONJUNTO DA OBRA, que pode ter se originado a partir de quando se ouviu o grito de Terra a Vista, até o momento dos dois atuais presidentes do Brasil, um afastado e outro interino.