quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Lembretinho

De repente eles ouviram, sem entender bem de onde vinham as palavras, mas sabiam que vinham de cima:
Caros Mitt e Barak. Não foi por acaso que o Sandy chegou às vésperas das eleições do seu país e fez este estraguinho. Foi só um lembretinho meu para vocês terem juízo, pois um soprinho meu desmonta com a maior facilidade tudo que vocês e outros já construíram ou irão construir. Aliás, aproveitem para retransmitir o lembrete aos seus amigos de outro país grande, ao sul do seu, lá em baixo, tão lindo, de gente linda, descontraída, mas que quase nunca acerta na escolha de quem vai dirigi-lo. Há outros, mas deixa prá lá.    

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Supremo e estranho paradoxo



Com toda a tranquilidade afirmo que há, com muita razão, um clima de euforia generalizada entre nós, brasileiros, ao vermos (e assistirmos) às sessões do Supremo Tribunal de Justiça para julgar os réus daquilo que se convencionou, apropriadamente, chamar de Mensalão
Justifica-se pois, finalmente, colarinhos-brancos dos lesa-Brasil, sentam-se no banco dos réus (não em outros Bancos a que estamos mais habituados a vê-los...).
Com todos os normais argumentos contraditórios chegaram os juízes do Supremo a imputar condenações a diversos réus, porém, ainda com as doses das penas pendentes de fixação. Isto não é relevante para este comentário, pois certamente elas virão.
Já neste ponto do julgamento em andamento ouvem-se   os clamores dos que se dizem injustiçados, e que, sintomaticamente, são provenientes daqueles tidos como as figuras centrais do processo, agora incluídos no rol dos condenados.
Por que digo "estranho paradoxo"? 
José Dirceu e José Genoíno, dois dos condenados, dizem que não se reconheceu neles o que fizeram pela restauração da democracia brasileira nos períodos que precederam e durante o golpe de 1964. Com algumas restrições, talvez se poderia mesmo conceder a eles algum mérito nisto, inclusive, com a boa companhia do ex-presidente Lula. Acrescentam ainda, "os injustiçados", expressões tais como "seja lá o que tenha acontecido, a culpa não é nossa; se a Justiça achou (observação minha: Justiça não acha, julga) o contrário, é porque se aliou aos nossos inimigos" ou ainda, que um deles teria sido "vitimado, de modo cruel, por setores reacionários que constituem parcelas do Judiciário e da Imprensa, e que não poderia ser condenado porque possui uma vida limpa" (!).
O paradoxo é que, a se considerar ser mesmo verdadeiro o fato de terem sido eles baluartes da luta e da vitória contra a ditadura e da construção da Democracia que se respira hoje no Brasil, e cuja expressão máxima do Estado de Direito é o Supremo Tribunal de Justiça, que é agora por eles classificado como equivocado e tendencioso ao condena-los. Isto demonstra, portanto, um autorreconhecimento que teriam sido já derrotados na causa original que alegam para justificar a injustiça. 
O próprio terceiro possível artífice, que já citei aqui, da vitória contra a ditadura da época, questionado agora sobre o mensalão disse (em fonte que ainda não pude confirmar) que "o povo não está preocupado com isso. Está querendo mais é saber se o Palmeiras vai cair e se o Haddad vai ganhar"
Será que estes "heróis" da Democracia teriam lutado para que, cinquenta anos após a revolução de 64, ouvíssemos de suas próprias bocas, conceitos deste tipo? Com certeza esta é mais uma autodeclaração de suas incompetências ou de seus duvidosos objetivos, já de há mais de meio século.                         

domingo, 7 de outubro de 2012

Uma mensagem apolítica e apartidária de PAZ em Ilhabela



Bom dia! Chegamos a este dia 07/10/12 antecedido por muita tensão, muitas posições apaixonadas, agressivas, calorosas, em vista das eleições que transcorrem hoje. Muitas delas saudáveis, outras nem tanto, várias delas lamentáveis pela agressividade. Muitos argumentam que "eleições são assim mesmo". Posso até concordar que têm sido assim mesmo neste Brasil, e nesta Ilhabela parte que é da natureza generosa deste país. Porém, discordo que deva ser assim. Oposição a quem quer que seja é saudável, necessária. No entanto, culturalmente, o brasileiro, certamente com muitas exceções, adotou uma postura de disputa no pior sentido do termo. Eleição é momento decisivo, o direito de tê-las foi conquistado a duras penas, portanto, é momento de expressão de idéias, projetos, valores, que contribuirão com a vida futura de cada um de nós. Não é momento de guerrear. Cria-se no ar uma aura negativa, de energias corrosivas. E Ilhabela não ficou imune. 
Todos sabem que gosto de usar metáforas com temas ligados ao futebol.


Desde que a violência tomou conta, os estádios foram se esvaziando cada vez mais. Pelo menos a frequência de pessoas que gostam de ir pelo amor ao esporte, famílias, mulheres, crianças, idosos, diminuiu. Do interior dos estádios para as ruas, a escalada da violência foi apenas um passo. Como forma de recuperar a platéia, a FIFA prega o Fair Play, expressão que pode ser traduzida como jogo limpo, adversários se respeitando,
Ilhabela, além de ser esta dádiva divina da natureza, de turismo tradicional, será cidade turística oficial da próxima Copa do Mundo. Tal como os estádios se esvaziaram com a violência, temos o risco de que a fama da violência eleitoral ou outras, possam fazer com que os frequentadores de nossa ilha possam também se amedrontar, se afastar. Vivemos do turismo. Cabe a nós, cidadãos ilhabelenses, zelar para que isto não ocorra, o que pode ser conseguido com o respeito a todos e com o desenvolvimento saudável e sustentável.

sábado, 6 de outubro de 2012

Motivação/ Superação/Eleições



GOTAS/ PÍLULAS nº3
Motivação / Superação / Eleições
Todos os que têm acompanhado meus comentários e projetos de trabalho nesta campanha em que me lancei candidato a vereador por Ilhabela, pelo PT do B, partido que integra a coligação que apoia a reeleição de Colucci com Nilce sua vice, certamente, percebem o quanto uso os termos Motivação / Superação.
Muitos poderão perguntar: o que teria a ver os dois termos inseridos num programa de trabalho de um candidato a vereador? Acontece que o significado deles impregnam (e sempre impregnaram) tudo o que faço (e fiz) na vida. Tanto é que uma das minhas atividades é dar palestras para Motivar e para estimular a Superação de obstáculos. Através da minha limitação fui estimulado a superar-me. Hoje tenho uma relação quase afetiva com as lesões, acredite se quiser.
Duas palavrinhas sobre minha história, sem querer impressionar ninguém, nem clamar por pena. Adquiri pólio aos três anos de idade, portanto, há mais de 65 anos. Fiquei tetraplégico, paralisado de membros superiores, inferiores, coluna vertebral, perdi fala e controles fisiológicos. Os que me vêm hoje percebem as sequelas. Naquele tempo não havia medicamentos para isso, nem se conhecia bem sua origem. A vacina Sabin chegou muito mais tarde.
Com tudo isso, me senti Motivado e com disposição para superar. Superei. Motivado. O título da minha palestra é “Deu Zebra, venci” (aos mais jovens explico: zebra é o bicho que representa, no futebol, quando um resultado de partida é inesperado). Assim consegui:
·         Formar-me em dois cursos universitários completos;
·         Ser contratado pelas maiores empresas do setor farmacêutico nacional e internacional;
·         Receber Comenda dada por mérito aos que mais contribuíram ao desenvolvimento da indústria farmacêutica no Brasil;
·         Convidado a representar o setor na ANVISA em Brasília, onde fiquei por um ano e meio, para elaborar novas normas sobre medicamentos no Brasil;
·         Consultor da OPAS, Organização Panamericana de Saúde;
·         Por 4 anos Consultor no Brasil da maior empresa norteamericana de produção de medicamentos por Engenharia Genética, tendência universal, a Amgen Inc.




·         Ajudei a criar o CIEDEF – Centro de Integração Esportiva e Social do Deficiente Físico, destinado a formar atletas deficientes de baixa renda. Vários ali formados já participaram de várias Paralimpíadas;
·         Casei;
·         Tenho 2 filhos,
·         Dirijo automóvel;
·         Nado em piscina e mar,
·         Fui vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Ilhabela;
·         Voluntário do Observatório Social Ilhabela;
·         Diplomado pelo Conseg por assuidade nas reuniões deste conselho;
·         Ajudei o Prefeito Colucci a criar os novos acessos ao Julião e ao Oscar, e a cria a nova Farmácia Comunitária Municipal.
Não relaciono tudo isto buscando o elogio, mas sim, para demonstrar que é possível mudar, superar, motivar pessoas, em quaisquer situações.
Estes atributos me fizeram participar desta eleição, porque acredito nisso e porque nosso país será tanto melhor quanto mais pessoas crerem e praticarem isso nos cargos de comando, com ética, honradez, transparência, disposição e vontade de colaborar com o próximo, esquecendo de si próprios.   

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

As águas dos rios



Aprendi com as águas dos rios a vencer todos os obstáculos para chegar ao mar. Estou preparado para enfrenta-los nesta nova empreitada que se decide no domingo 7/10/12. Pela minha vida só fiz isso. Superar. Há outras semelhanças. As águas dos rios, em sua marcha ao mar, são obrigadas ainda, ao vencer os obstáculos, a carregar todos os detritos, lixo que se acumulou nas curvas das margens através dos tempos. Como na política exercida com má fé.