quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Lya, Mainardi e Tito




Ainda não li o livro “A Queda”, de Diogo Mainardi. Ele é o primeiro de uma lista daqueles que me esperam para adquiri-los. Tenho dúvidas sobre a quem admiro mais, se a Lya Luft ou se a Diogo Mainardi. Quero fazer referência ao artigo Pais não cruzam os braços de Lya Luft, Veja - edição 2286, de 12/09/2012. A crônica fez unir estes meus admirados, além de outro e principal personagem, Tito, o qual cala profundamente em mim. Lya me impressiona sempre pela lucidez e pela arte em lidar com os tijolos de construção da nossa língua portuguesa. Diogo, pela mordacidade, pela inteligência e pela extravasão do amor e da forma com que sempre se refere ao seu “diferente” Tito, a quem não conheço por outros caminhos a não ser pelas referências a ele feitas pelo seu famoso pai. Identifico-me perfeitamente com Tito e com Diogo, pois sou “diferente” como Tito, já que tive, como ele, pais iguais no amor e na forma de lidar com a condução da minha tetraplegia adquirida aos dois anos de idade, há quase sete dezenas de anos, sem que nunca eu fosse tratado como “diferente”. Não vou relacionar tudo que recebi e conquistei da vida, e foi muito, através da formação que me deram. Quero, finalmente,  mencionar uma frase que costumo sempre dizer e que traduz a expressão sincera da minha verdade,  a qual a maioria se espanta ou até duvida quando a pronuncio, qual seja a de que “tenho uma relação amistosa, afetiva, de gratidão com minha limitação, pois ela me permitiu adquirir inúmeras qualidades e atributos que talvez não os tivesse caso não a adquirisse e sem que tivesse os pais, não tão cultos como Diogo, nem tão expressivos como Lya, mas plenos de amor, como eles.        
Téo Uberreich

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