Ainda não li o livro “A Queda”, de
Diogo Mainardi. Ele é o primeiro de uma lista daqueles que me esperam para adquiri-los.
Tenho dúvidas sobre a quem admiro mais, se a Lya Luft ou se a Diogo Mainardi. Quero
fazer referência ao artigo “Pais não
cruzam os braços” de Lya Luft, Veja - edição 2286, de 12/09/2012. A
crônica fez unir estes meus admirados, além de outro e principal personagem, Tito,
o qual cala profundamente em mim. Lya me impressiona sempre pela lucidez e pela
arte em lidar com os tijolos de construção da nossa língua portuguesa. Diogo,
pela mordacidade, pela inteligência e pela extravasão do amor e da forma com
que sempre se refere ao seu “diferente” Tito, a quem não conheço por outros
caminhos a não ser pelas referências a ele feitas pelo seu famoso pai. Identifico-me
perfeitamente com Tito e com Diogo, pois sou “diferente” como Tito, já que tive,
como ele, pais iguais no amor e na forma de lidar com a condução da minha tetraplegia
adquirida aos dois anos de idade, há quase sete dezenas de anos, sem que nunca eu
fosse tratado como “diferente”. Não vou relacionar tudo que recebi e conquistei
da vida, e foi muito, através da formação que me deram. Quero, finalmente, mencionar uma frase que costumo sempre dizer e
que traduz a expressão sincera da minha verdade, a qual a maioria se espanta ou até duvida
quando a pronuncio, qual seja a de que “tenho uma relação amistosa, afetiva, de
gratidão com minha limitação, pois ela me permitiu adquirir inúmeras qualidades
e atributos que talvez não os tivesse caso não a adquirisse e sem que tivesse
os pais, não tão cultos como Diogo, nem tão expressivos como Lya, mas plenos de
amor, como eles.
Téo Uberreich
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